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Conhecendo o Terrier Brasileiro

Terrier brasileiro ou Fox Paulistinha uma raça apaixonante...


Assim como o samba, a história dessa raça é bem brasileira, com direito a todas as características que nos remetem à terrinha tupiniquim, como a energia, por exemplo. À primeira vista pode até parecer um cão comum, mas é só olhar mais de perto e você vai se dar conta de que o Fox Paulistinha é cheio de peculiaridades que o tornam uma das raças mais queridas, inclusive, pelos produtores rurais.


Características


Cão de porte médio, rústico, resistente, esbelto, estrutura robusta sem ser excessivamente pesado, pêlo curto e liso sempre com fundo branco, podendo ser tricolor de preto, marron ou azul. De temperamento agitado, é esperto, ágil, inteligente, meigo e afaga os íntimos, mas desconfiado com os estranhos.

Histórico


Existem duas versões sobre o histórico do Terrier Brasileiro (ou Fox Paulistinha). A primeira, bastante romântica, descreve que no século passado os filhos das famílias mais abastadas de proprietários rurais eram mandados à Europa para estudar. Muitas vezes traziam de lá, além de uma esposa, um cão e um cavalo. Este cão era de pequena estatura, pelagem curta, forte e robusto. De acordo com pesquisas, tratava-se do Jack Russel Terrier (raça criada pelo monge inglês do mesmo nome, desenvolvida a partir do Fox Terrier, Bulldog e Beagle) que era usado com a finalidade de caçar raposas — por isso seu porte era semelhante ao das raposas, para que pudesse segui-las por buracos e tocas. Esses cãezinhos adaptaram-se perfeitamente ao nosso clima, onde ocorreram cruzamentos com cães caboclos moradores dessas fazendas, definindo um tipo que seria antepassado ao nosso Terrier Brasileiro.

A outra versão descreve cães que vinham nos navios e migravam para nossas terras. Esses cães, tais quais o antigo Fox Terrier Pêlo Liso, muito parecido com o atual Terrier Brasileiro, e o já citado Jack Russel Terrier, tinham como finalidade o extermínio de roedores. Os filhos dos fazendeiros que iam estudar na Europa observaram a resistência, a coragem e a eficiência desses pequenos animais e aproveitaram sua rusticidade para combater roedores em suas fazendas. Independente desta polêmica, a história do nosso Terrier tropical foi marcada pela luta de criadores pelo reconhecimento internacional da raça, que só aconteceu em 1995. Antes deste marco, a raça foi sendo desenvolvida por cruzamentos selecionados e em 1964 foi elaborado o primeiro padrão da raça. No entanto, apenas 9 anos depois, em 1973 a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) suspendeu a emissão de pedigrees por causa da falta de número suficiente para manter a raça.

Em 1981 foi fundado o Clube do Fox Paulistinha, que reunia criadores da raça preocupados com o futuro de suas criações. A atuação do clube foi tão eficiente que em 1985 a CBKC voltou a conceder os registros, mas alegou que as competições de beleza e conformação só teriam validade em circuito estadual e não nacional como os criadores queriam, o que aconteceu apenas em 1992.A partir daí, a criação nacional estruturou-se e começou o longo processo de conquista do reconhecimento internacional da raça, que veio apenas em 1995, quando finalmente a FCI reconheceu provisoriamente – 10 anos - o Terrier Brasileiro como raça independente. O próximo passo será dado em 2005, quando terão será feita uma nova avaliação e, aí sim, será emitido o registro definitivo ao nosso Terrier. Após 1995, com o reconhecimento internacional, os Terriers Brasileiros começaram a conquistar o mundo, sendo que hoje já existem exemplares em diversas partes do mundo, como Estados Unidos, França, Finlândia, Portugal, Áustria e Espanha. E como prova da sua popularidade crescente, o Terrier Brasileiro ganhou, em 1998, um selo comemorativo.

Seja de  origem europeia; trazido por navios; criado após o cruzamento entre o terrier europeu com cães de fazendas brasileiras ou ainda a mistura entre duas raças famosas e resultando em uma 100% brasileira. Tantas versões sobre a origem da raça renderiam até um samba para celebrar a criação do Fox Paulistinha, essa raça vívida e esperta, apta a correr pelos campos para ajudar a manter a ordem do rebanho – uma bela desculpa, aliás, para gastar tanta energia atribuída à espécie.

Personalidade


O Terrier Brasileiro é, acima de tudo, um cão bastante alegre e com energia de sobra. Como todo Terrier que se preze, muitas vezes simplesmente ignora seu tamanho e age como se fosse um ‘cachorrão’.  Versátil, pode atuar nas mais variadas funções, desde um bom cão de companhia até como excelente cão de alarme, uma das qualidades que claramente devidas a seus tempos de caçador nas fazendas paulistas e de seus ancestrais. Inteligente e bastante atento, aprende com bastante facilidade, o que lhe rendeu emprego em muitos espetáculos circenses. Mas, nunca é demais lembrar que da mesma maneira que aprendem coisas boas, aprenderão também o que ‘não devem’ fazer. Apesar do tamanho ‘econômico’ não são, absolutamente, cães de ‘sofá’. Antes de mais nada, eles demandam exercícios regulares para poderem gastar toda a energia que vem com eles ‘de fábrica’.

Talvez em função destas características todas é que tenha virado símbolo do Prêmio Fox Paulistinha, criado pelo publicitário Roberto Duailibi da DPZ para homenagear aqueles que se destacam por um trabalho excepcional. Segundo a empresa "O Fox Paulistinha “ está sempre alerta, não curva o espírito, e é o único cachorro que luta até morrer, mesmo contra adversários maiores e mais fortes. É leal aos companheiros, ativo, alegre. Por isso transformou-se no prêmio interno da DPZ."

O Terrier Brasileiro, é um cão que proporciona muitas alegrias e pouco trabalho ao seu dono.

Rústico poderia ser seu nome, é um cão extremamente resistente a doenças e não apresenta problemas genéticos específicos.

Origem do nome


O nome surgiu devido às cores de sua pelagem originária: branco, preto e vermelho, associadas às cores da cidade de São Paulo e também porque a raça foi muito difundida nas fazendas do interior paulista, daí o nome Paulistinha. Já o nome Terrier brasileiro deve-se à mistura do terrier europeu com espécies locais, que originou a raça.

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